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Na manhã desta terça-feira (29), o Sebrae e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) anunciaram, em live transmitida pelo YouTube, o lançamento do “Ajude Aqui”, uma ação do Programa Indústria Global, que dará consultoria gratuita on-line sobre o comércio exterior para os pequenos negócios que pretendem exportar. A iniciativa ajudará as empresas no processo de internacionalização, com foco em aumentar a maturidade de gestão, além de mostrar que é possível vender para o mercado externo.

Na ocasião, o público teve a oportunidade de participar de uma palestra ministrada pelo empresário e engenheiro de telecomunicações Leonardo Schmidt, especialista em Comércio Exterior que está à frente da Comunidade Comex 360º. De acordo com Leonardo, a exportação pode beneficiar as empresas de diversas formas, ao gerar receita em moeda forte, sendo novo canal de solidificação do negócio e propiciando a diversificação maior de mercados. Além disso, o contato com o mercado externo interfere no acesso a incentivos tributários, no ganho de maturidade e na produtividade da empresa, desafiando o empreendedor e os colaboradores a melhorar e evoluir.

“Já as importações podem atingir novas receitas e aumento do lucro, proporcionar a criação de novos empreendimentos e fortalecer a cadeia de suprimentos. Vale destacar que elas também impactam na revenda on-line e no aumento da tecnologia, qualidade e produtividade da empresa”, destaca Leonardo Schmidt. “Com a pandemia, algumas empresas ainda queriam se afastar da transformação digital. Só que as tendências digitais foram aceleradas. É importante abrir o olho, tentar acompanhá-las ou os empresários vão ficar para trás”, acrescenta.

Partindo do zero

Para quem deseja começar a importar ou exportar, torna-se indispensável apostar em um planejamento bem feito e no estudo de comércio exterior de forma aprofundada. “Hoje, tem muito conteúdo disponível na internet. Antes de qualquer coisa, é fundamental se preparar. As pessoas que estão começando a carreira devem praticar o mais cedo possível, sem esperar acabar a faculdade para fazer isso, nem que seja fazendo um estágio gratuito. Afinal de contas, as empresas valorizam muito a prática. Além disso, estudar bastante”, orienta Leonardo.

Segundo ele, nos últimos anos, o governo inovou controles, diminuindo a burocracia do comércio exterior. “Os problemas estruturados, lineares e programáveis são feitos cada vez mais por robôs e softwares”, indica o especialista. Leonardo aponta ainda que quem deseja atuar na área deve conhecer todas as dimensões do comércio exterior, e não conhecer somente as demandas específicas de um departamento de atuação.

“É preciso lidar com gestão aduaneira; ter conhecimento de negociação internacional; saber como deve ser feito o transporte de mercadorias; entender de finanças para prever custos; ter acesso à contabilidade; adquirir conhecimento de como gerir operações no contexto de performance; e entender os parceiros e as pessoas. Não precisa ser especialista em todas as áreas, mas é essencial ter o conhecimento estratégico de cada uma delas para trabalhar da melhor forma e planejar bem as operações”, esclarece.

Fonte: SEBRAE.

 

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